É um material derivado da madeira e é internacionalmente conhecido por MDF. Em português a designação correta é placa de fibra de madeira de média densidade.
O MDF é fabricado através da aglutinação de fibras de madeira com resinas sintéticas e outros aditivos. O material é moldado em painéis lisos sob alta temperatura e pressão. Para a obtenção das fibras, a madeira é cortada em pequenos cavacos que, em seguida, são triturados por equipamentos denominados desfibradores.
O MDF possui consistência e algumas características mecânicas que se aproximam às da madeira maciça. A maioria de seus parâmetros físicos de resistência são superiores aos da madeira aglomerada (MDP), caracterizando-se, também, por possuir boa estabilidade dimensional e grande capacidade de usinagem.
A homogeneidade proporcionada pela distribuição uniforme das fibras possibilita ao MDF acabamentos do tipo envernizado, pinturas em geral ou revestimentos com papéis decorativos, lâminas de madeira ou PVC. Podem também ser executadas junções com vantagens em relação à madeira natural, já que não possui nós, veios reversos e imperfeições típicas do produto natural. É um material com várias aplicações e substitui com vantagens o aglomerado (MDP) e a própria madeira em muitas delas.
As espessuras das chapas variam de 3 mm até 60 mm, sendo as mais grossas utilizadas em elementos estruturais ou decorativos de arquitetura e móveis (pés torneados para mesas, por exemplo).
Usos e aplicações:
A principal matéria-prima utilizada pelas fábricas de MDF é a madeira de reflorestamento. No Brasil, esta é obtida a partir de plantações, utilizando-se espécies selecionadas de pinheiros em função do melhor rendimento agroindustrial. Além desse aspecto, as fibras de pinus proporcionam uma chapa de cor clara, mais valorizada pelo mercado.
Os painéis reconstituídos de madeira surgem como alternativa ao uso de madeiras maciças, que entraram em regime de restrição na metade do século passado por esgotamento ou limitações ambientais.